10 de fevereiro de 2008

Novas Tecnologias - Falando sobre desempenho

*Gilda Lück

Em um mundo tecnológico e visual, como acontecessem nossas aulas?A diversidade de aparatos tecnológicos vem ampliando as informações e o acesso a elas. Por outro lado, muitas de nossas aulas continuam repetitivas e maçantes, quando deviam ser criativas e originais. Estamos competindo com o divertido, com o lúdico da Internet e dos jogos de computador, sem citar a televisão. Necessitamos, portanto, de um aprendizado mais abrangente em instrumentais de metodologias alternativas.Nesse contexto, os professores precisam trabalhar com seus educandos técnicas que possibilitem o desenvolvimento de suas habilidades e orientá-los na busca pelo conhecimento. Para aqueles que assim se propuserem, o mar não só será navegável como repleto de tesouros e mistérios inesgotáveis.Isso precisa acontecer porque, com a facilidade, agilidade e quantidade de informações disponíveis, o professor e até a própria escola perdem espaço no processo de sedução do aluno em prol da educação. Mas esses quesitos devem continuar sendo os pivôs na condução dos estudantes, estabelecendo o significado do coletivo e do individual, priorizando-os como agentes ativos do seu conhecimento e fazendo-os interagir com outros alunos para enriquecer a experiência através das trocas.O ambiente educacional deve proporcionar ao professor e aos alunos todas as facilidades para que esses objetivos sejam atingidos, oferecendo a possibilidade de trabalhar com metodologias alternativas e, principalmente, centralizando esforços na elaboração e execução de um planejamento estratégico conjunto – para todos os níveis de processos e relações a serem produzidas –, certificando-se da criação de um espaço sadio.Dentre os modelos de desempenho apresentados atualmente, podemos destacar o do uso sistemático de dinâmicas como um dos mais completos.Vale a pena abordar esse tema devido ao fato de que o uso da técnica de dinâmicas de grupo, quando exploradas em contextos educacionais, na maioria das vezes é feita sem um foco didático-pedagógico. São simplesmente executadas sem uma finalização, com um conteúdo pedagógico e desvinculadas de um planejamento inicial.

  1. O uso das dinâmicas de grupo propagou-se como uma atividade pedagógica na década de 40 com as pesquisas de Kurt Lewin, psicólogo alemão que fundou o Centro de Pesquisa de Dinâmica de Grupo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em 1945. No instituto, fez diversos trabalhos na área de T-groups (grupos de treinamento). O grande foco foi a relevância dada à reflexão sobre a prática pedagógica contextualizada pela dinâmica.Partindo disso, poderíamos conceituar a prática da dinâmica como uma atividade, na maioria das vezes, curta e objetiva, com características motivadoras e envolventes.Por possuírem metas distintas e “lincadas” com os objetivos educacionais, podem apresentar como resultados desde um simples aquecimento para processos posteriores, assim como:
    reflexã ,análise,julgamento,sensibilização,acesso e desenvolvimento de aptidões,construção de habilidades ,preparação para mudanças de atitudes e de comportamentos de aprendizagem O que precisamos é compreender o fato de a dinâmica ser um potencial instrumental, não só dentro do fazer pedagógico, mas, também, como elemento importante da base instrumental do currículo. Devendo, portanto, constar no planejamento pedagógico e no plano de aula.Baseando-se no relacionamento da turma e na criação e execução de tarefas, esse modelo de desempenho segue um programa sistemático, organizando a seqüência dos conteúdos e atividades. A questão da disponibilidade (em tempo) de informações personalizadas faz com que as curiosidades individuais dos alunos aflorem, com que eles admitam a troca, favorecendo o aprendizado de todos e permitindo que os processos vinculados com o ato de aprender ocorram no horário solicitado, respeitando as características e o coletivo.Está constatado e provado por pesquisas bem fundamentadas: alunos aprendem mais com seus colegas do que com o próprio professor. Assim, trabalhar com dinâmicas educativas instrumentaliza o educador a disponibilizar com sucesso o processo de inter-relação. Então, poderíamos afirmar que, em se tratando de aprendizagem experimental, a dinâmica dentro do fazer pedagógico considera as necessidades e a identidade do grupo que é aplicada.Cabe ao professor dar alguns significados relevantes ao desempenho da metodologia aplicada. Por exemplo:1 - Objetivo claro e transparente (o que e porque se faz, onde se quer chegar);2 - experimentação ativa;3 - proposição da reflexão e análise do processo;4 - conclusão e congregação de novos conhecimentos propostos.A avaliação, dentro desse sistema poderá ser somativa (processual), baseando-se pelo empenho pessoal, participação e conclusões de cada aluno. Dispensa, portanto, a avaliação formal e estabelece os alunos como seu próprio referencial, quebrando o padrão médio de classe.Muitos são os educandos que fazem da experiência em dinâmicas um motivo primordial para participar de uma forma proativa em seu próprio processo de aprendizagem. O estímulo e a motivação são conseqüências da aula, e não somente o pré-requisito.A nova ótica de desempenho, conseqüentemente, traz cada vez mais o aluno como sujeito do processo. Desta forma, torna-se muito mais um processo de aprendizagem do que de ensino, e é dentro dessa nova visão que temos de focalizar o nosso desempenho.
    *Gilda Lück é assessora pedagógica do grupo Dom Bosco, mestre em Educação pelo Lesley University (EUA) e doutora em Engenharia da Produção.

26 de dezembro de 2007

webquest : Evaluating Media Messages
















clique na figura para visualizar o webquest




PROPOSTA DE ATIVIDADES :

UM WEBQUEST PARA O ENSINO MÉDIO-

  • EVALUATING MEDIA MESSAGES


  • Introdução

    Esta unidade didática foi projetada como parte de uma exigência do Curso PDE 2007-2008 da Universidade de Londrina /UEL e SEED.
    Estes esforços representam uma colaboração entre os professores GTR, minha orientadora
    Profª Elaine Fernandes Mateus e meu trabalho. Ele é um trabalho interdisciplinar com Tecnologia (Letramento de informação) , Artes e Filosofia. Os conceitos e atividades encontrados aqui estão em consonância com os Padrões Curriulares do Estado do Paraná (Diretrizes Curriculares Estaduais).
    Esta lição pode ser usada facilmente com qualquer currículo que pretenda examinar a linguagem persuasiva.
    Neste WebQuest, estudantes fazem alguma pesquisa na Internet para aprender sobre estratégias de anúncio e investigar como é o papel da bias (preconceito, ideologia) no anúncio.
    Eles responderão algumas perguntas, baseado em sua pesquisa da Internet sobre técnicas de como criar anúncios, assim como entender os estereótipos, como uma forma de preconceito, que podem ser achados no anúncio. Eles avaliarão um anúncio imprimindo, então identificarão as estratégias criando uma mensagem.
    Eles também descreverão elementos de preconceito que pode ser incluído no anúncio. Olhe os Recursos (abaixo) cujos links para alguns sites da web de boa qualidade que caracterizam conhecimentos de retórica e definições destes termos.

    Objetivos:


    Aumentar o letramento de mídia


    Investigar estratégias criadas em anúncios

    Explorar persuasão e a influencia no anúncio

    Avaliar exemplos de anúncios

  • Avaliar o papel das mídias e responsabilidade por convicções, atitudes e comportamentos em adolescentes.

    · Projetar, desenvolver, publicar e apresentar produtos usando recursos tecnológicos que demonstrem e comuniquem conceitos curriculares ao público dentro e fora de sala de aula.

    · Pesquisar e avaliar a exatidão, relevância e a amplitude da conveniência, e as fontes de informação eletrônica que contenham algum tipo de preconceito, relativos ao nosso mundo real.

    Os estudantes pesquisarão técnicas de propaganda usadas em anúncio e avaliarão anúncios para identificar os tipos de técnicas de propaganda usados neles. Eles usarão habilidades de pensamento crítico para avaliar informação apresentada pela mídia para tomar decisões lógicas sobre o que eles compram e acreditam.

Blogquest sobre blogquests

Blogquets





Se o que você precisa é um espaço só seu para construir suas webquests, não se preocupe agora você pode criar suas webquests em um blog: veja o exemplo desta em:
Esta blogquest sobre blogquests segue a mesma estrutura que poderia seguir uma webquest, contendo uma introdução, propondo tarefas, indicando os recursos e o processo a ser seguido, esclarecendo as formas de avaliação, fechando com uma conclusão e apresentando os créditos.

Blogquest destinada a professores e alunos de graduação, podendo ser adaptada para alunos do ensino fundamental e médio

26 de outubro de 2007

E por falar em inclusão digital...

A Tecnologia na Educação em escolas públicas apresentada e utilizada de forma crítica como recurso que possibilita aprendizagem, inclusão digital e social tem sido o trilhar, desde 1998, através das experiências vivenciadas com alunos, professores e multiplicadores. Os professores Eziquiel Menta e Gílian Cristina Barros através de registros e pesquisas no ciberespaço a partir de 2001, vêm juntamente com você tornando este caminhar cada dia mais possível por meio de sua participação e colaboração. O Portal EscolaBR surgiu como alternativa para implementação das ferramentas pesquisadas através de projetos educativos realizados ou não no ciberespaço. Oportunizamos a educadores de escolas públicas de todo o Brasil a utilização de ferramentas por nós pesquisadas de forma dinâmica, gratuita e colaborativa. Temos como objetivos principais: - Pesquisar e divulgar ferramentas em Software Livre que podem ser utilizadas por professores e alunos. - Disponibilizar gratuitamente ferramentas On-line para utilização gratuita. - Hospedar páginas de projetos educacionais, na medida do possível, de forma gratuíta. - Oportunizar através de espaço virtual um local de pesquisa, produção e aprendizagem colaborativa. Confira !
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Portal


Vivência pedagógica

Nas minhas pesquisas feitas sobre a ferramenta Webquest descobri um blog interessante e esclarecedor a respeito do uso dos webquests, blogquests, podcasts, vale a pena dar um checada:

Vivência Pedagógica

24 de outubro de 2007

Uso Interdisciplinar da Tecnologia

Projetando e Implementando Webquests:


O que é WebQuest ?



WebQuest é um modelo extremamente simples e rico para dimensionar usos educacionais da Web, com fundamento em aprendizagem cooperativa e processos investigativos na construção do saber. Foi proposto por Bernie Dodge em 1995 e hoje já conta com mais de dez mil páginas na Web, com propostas de educadores de diversas partes do mundo (EUA, Canadá, Islândia, Austrália, Portugal, Brasil, Holanda, entre outros).

Como selecionar um projeto Webquest?

Escrever uma WebQuest, além de ser um desafio, é atividade que exige muito tempo, pelo menos na primeira vez. Para aproveitar melhor seus esforços e maximizar suas chances de satisfação e sucesso, vocês precisam escolher bem seus projetos de WebQuest. Há quatro filtros pelos quais suas idéias devem passar.

Uma WebQuest deve:
1. estar vinculada aos padrões curriculares locais, estaduais e nacionais;
2. substituir uma aula com a qual vocês não estão completamente satisfeitos;
3. fazer bom uso da Web;
4. requerer um grau de compreensão que vá além de simples entendimento.
Há grandes idéias de aulas que não vão passar por todos esses filtros. Elas talvez possam resultar em ótimas atividades de sala de aula, mas não resultarão em ótimas WebQuests. Sua tarefa agora é a de refinar as possíveis idéias até que elas estejam de acordo com esses quatro critérios.
Vamos discutir cada um dos critérios mais detalhadamente nas linhas que seguem.
1. Padrões Curriculares
Uma das tentações que professores usuários de tecnologia cometem com bastante freqüência é a de fazer certas coisas porque elas são "legais". Todos nós já vimos laboratórios cheios de crianças criando animações, desenhos animados, jogos, ou pilhas de HyperStudio que cantam, dançam e usam todas características do software. Uma vez que a novidade passa, pode-se perguntar o que foi que as crianças aprenderam com tais coisas. Algumas vezes, tanto esplendor tem uma meta educacional adequada, outras vezes não.
O movimento na direção de padrões definidos em todas as áreas de conteúdo é visível em toda parte e irreversível. É preciso reparar que os padrões não são perfeitos. Porém, mesmo quando eles são desorganizados e pouco claros, é prudente gastar seu tempo criando lições que possam estar vinculadas a metas definidas, reconhecidas por outras pessoas. Não deixe que a tecnologia seja o "rabo que tenta balançar o cachorro".
Vamos supor que vocês têm acesso aos padrões aplicáveis à suas escolas, nível de ensino e conteúdo, e que vocês os consultarão ao refinar suas idéias. Vamos nos ater aqui as Diretrizes Curriculares Estaduais.

2. Usar bem a WEB
A Web acrescenta uma dimensão única ao ensino. Ela oferece fontes primárias de informação que dificilmente estariam disponíveis nas escolas. Ela oferece informações tão atualizadas como o noticiário dos jornais de amanhã. Ela pode dar acesso a fotografias coloridas, som e animação. A estrutura básica de uma WebQuest poderia ser feita com uma pilha de livros e revistas. Vocês devem escolher um projeto que não pode ser feito exclusivamente com material impresso. Usar material impresso junto com recursos Web é uma bela idéia... mas escolhamos algo que não pode ser bem feito sem acesso à rede Web.
4. Entender
Nem tudo que ensinamos requer entendimento profundo. Algumas coisas são ensinadas melhor por meio de instrução direta, uma vez que elas não dão lugar para síntese, análise ou julgamento. Verbos irregulares em espanhol, a lista dos países membros NATO, a tabuada, as definições das categorias gramaticais etc não são bom material para WebQuests. Escolham conteúdo e padrões que exijam criatividade, que tenham múltiplas camadas, que possam sugerir múltiplas interpretações ou possam ser vistas desde múltiplas perspectivas. Em resumo, escolham um material que requeira dos estudantes transformação em algo diferente.

O Processo
Como é que vocês trabalham com esses filtros? Reservem algum tempo para pensar sobre suas atividades de ensino, padrões curriculares, e o tipo de coisas que vocês acharam na Web até agora. Depois disso usem o processo do modo como ele é descrito aqui. Vocês talvez precisem usar competências de busca como as ensinadas em searching skills para saber o que existe na Web sobre o seu tópico. Quando vocês não puderem responder SIM, modifiquem a idéia ou escolham outro tópico. Quando vocês puderem responder SIM para todas as questões, chegarão à próxima fase.


Presentation Worksheet

1º Passo : Decida sobre seu tópico:
O que você gostaria que seus estudantes aprendessem usando um WebQuest? Pense nas metas de seu curso, os endereços dos websites que você tem, e o tipo de informação para sua atividade que está na web, etc.

Escreva seu tópico
2º Passo- decidindo sobre seu objetivo:
O que você gostaria que seus estudantes fossem capazes de entender com a informação que eles estão aprendendo? reconhecer? descrever? comparar?analisar?
Escreva seu objetivo para o aprendizado
Normalmente uma webquest inicia com uma introdução para o tópico da Webquest e do objetivo do que vai se aprender.
Escreva algumas anotações para você sobre sua introdução
3ºPasso- definindo uma tarefa
Uma vez que seu tópico e tarefas estão estabelecidos, você precisará pensar sobre como você quer usar a web para que seus alunos realizem esse objetivo. Também precisará saber se seus alunos conseguirão de fato alcançar o que você esperava. Em uma webquest os alunos podem formar grupos para trabalharem.Isto pode ser feito para resolver um exercício, criar um jornal, escrever uma composição, fazer uma apresentação, etc. Quando a tarefa é definida, é estabelecido as regras, de que forma os alunos irão juntar as informações sobre o tópico, analisarão e sintetizarão a informação e como eles apresentarão a informação que eles descobriram.
Escreva o modelo de tarefa que estabelecerá para seus alunos
4º Passo- Encontrando os ecursos da Web
Agora que definiu a tarefa que esperava que seus alunos realizassem, precisa identificar websites que os ajudarão a encontrar a informação que eles precisam para completar a sua tarefa. os website que você selecioinou precisam ser confiáveis, informativos para que os alunos possam usá-los como modelos.portanto é uma boa ídéia ter em mente algumas questões:
É um autor conhecido?
Quais são as credenciais pessoais do autor como um perito no asssunto?
Qual é a instituição afiliada do autor ou a organização patrocinada do website?
A organização ou instituição é respeitável?
Possui perícias legiítmas e imparciais sobre o assunto?Está vendendo algo?
É um link provido por um webmaster que pode responder perguntas sobre o site?
Há referências para dar apoio ao seu trabalho?
São dados atualizados?
Se o documento apresenta opiniões forte do autor , ele pelo menos lida razoavelmente com outros pontos de vista para reconhecer uma visão pessoal?
5º Passo- Escrevendo as Particularidades
Agora você precisará escrever as particularidades da tarefa. Estas normalmente incluem:
Uma descrição do processo em que os alunos de vem usa para completar a tarefa
Linhas Gerais de como os alunos devem organizar o material
Poderá também incluir:
Uma rubrica para avaliação
Um modelo para ajudar os alunos aorganizar a informação.
Faça as especificações de sua tarefa
Discuta suas idéias com seus parceiros
6º Passo- Conclusão
Agora precisará escrever uma conclusão que resume o que os estudantes fizeram e aprenderam enquanto fizeram esta atividade.
Faça o desenho de sua conclusão
Discuta suas idéias com seu parceiro
7º Passo- Avaliação
Como você pode avaliar Webquests?
Normalmente Webquests são avaliadas no produto final que os alunos produzem como parte do seu webquest. Muitas faculdades também usam rubricas para ajudá-los a ter acesso a webquests.
WebQuest website (http://edweb.sdsu.edu/webquest/webquest.html ) tem alguns exemplos de webquests com rubrica que você pode olhar.
(Tarefa baseada no modelo das professoras e conferencistas: Sharon Wildmayer e Holy Gray )